quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Volume I

Deste livro de histórias fantásticas
e entes sobrenaturais fechou-se um tomo.
Nele memórias, lembranças e um belo passado.
Cada página, cada verso, cada sombra
um contexto externalizado.
Ali, felicidade, tristeza, paixões,
amores, viveres e vivências.
Nesse livro, já acabado,
histórias jamais esquecidas,
memórias que não são mais sustentadas,
Os amores?
Bem, esses sempre são bem nutridos.

Neste livro não existe páginas soltas
ou questões mal resolvidas,
todas foram iluminadas pela razão
ou pelo amor, destas confesso que gosto mais.
Nestas páginas as dores e os sofrimentos
foram vividos, poucos relatados,
na realidade, quase sua totalidade já esquecidos.
Neste livro as lembranças não tem peso,
são apenas lembranças, sem manuseios.

Naqueles capítulos somente círculos se condensavam,
momentos e passagens igualmente vividas,
tarefas e afazeres mal compreendidos.
Destino? Karma? Dharma?
Não, apenas a Vida seguindo seu ciclo.

Naqueles parágrafos, ainda confusos e sem nexo
muitas foram as coisas construídas,
muitas delas destruídas,
algumas, tantas, inacabadas.
Naquelas palavras muitos inícios relatados
e poucos foram os fins bem delineados.
Mas será que certas coisas precisam mesmo ter fim?
Sim, elas terminam e renascem se preciso for.
Alguns sinais de conhecimento, outros de confusão imprecisas,
todos com uma pitada da busca da Perfeição.

Nem todos os gestos foram precisos,
nem todas as escolhas, corretas,
mas não se pode negar que existiu
muito amor em cada ato.
Um amor nem sempre isento,
um amor nem sempre terreno,
um amor nem sempre Divino,
mas sempre muito intenso.
Somente por sua inspiração e sopro
sou o ser o que sou hoje,

O segundo volume vem por aí,
tudo novo de novo,
com mais doação, sem muita pretensão
mas vou sabendo que a Perfeição
não se encontra onde objetivos
são sistematicamente traçados.
A vida não é uma linha,
ou melhor, duas paralelas entre si,
a vida é fluida, é fluxo e não tem limite
lateral ou final,
ela é o suspenso intenso ar, terra, água e fogo.
Ela é a(mar).

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