terça-feira, 29 de abril de 2014

Não à poesia

Não gosta de poesia?
Não faço porque gostas ou não,
Faço apenas por amar o que faço
e ao amá-la sorrio insistentemente.
Não gosta de poesia?
Vai com gosto pela vida e
deturpe a beleza que te instiga.
Não gosta de poesia?
Perdes grande parte da sua vida
que dela faz.
Não acredita? Então, poesia-a?

domingo, 27 de abril de 2014

Mudança

Hoje o céu se abre
e carrega para si uma enfermidade.
Traz a cura em bandeja de ouro
e com ela a felicidade.
Cicatriza aquilo que ficou
com o fogo santo do amor
que sempre reinou.
Encontrou-se a morada da paz
para desfrutar em todos os seus lados
como sempre se buscou.
O amor, o maior do mundo, repousou
silenciou de seu desespero e enfim
adormeceu.
Dormiu seu sono profundo
para acordar naquilo que de novo nasceu.
Não é pedra, não é ar,
é a pureza em cada tilintar.
O sorriso, só expressão interna
do imenso verbo amar.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ou

Não bebo o vinho,
Não sou de pedra,
Humano sou e 
Humano sei aonde vou.

Não tenho lírio,
Nem a fera
Tenho aquilo que sou
e o caminho pra onde vou.

Não tenho silo,
Não tenho terra,
onde o bem foi plantado
é onde estou.

Não tenho medo,
Nem a espera
Faço aquilo que
minha voz soou.

Não quero ter eu só quero ser
e eu sou ...

Sou EU

Sigo por todos os lugares,
procurando a essêcia que sou.
Trajeto incerto que percorro,
mas sei pra onde vou.
Caminho pelos passos que me guiam,
e some meu eu, evaporou.
Saio da nuvens do desasossego,
me deixo e encontro aquilo que verdadeiramente sou. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Aguentaria ?

Por que não me aguentaria
se meu verbo não é estático e
nem parasita do mundo que me rodeia?
Por que não me aguentaria
se minha voz sempre cala minha euforia
desmedida de meus propósitos humanos?
Por que não me aguentaria
se sou todo espectro e manifesto
de outra terra?
Por que não me aguentaria
por saber que aqui não vim ficar
e, logo, vou sair pra não mais voltar?

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Pux

Puxões de orelha

ou

na caneta

tanto faz

o que se faz com

eles é que traz

a diferença em saber

qual diferença faz ...

Me II

Me ofusco,
Me escondo,
Me refugio.

Me lanço,
Me postergo,
Me incito.

Me vou,
Me abrigo,
Me sumo.

Subo
E não desço mais...

sábado, 12 de abril de 2014

Me

Me fui por tantos lugares.

Me fiz em tantas tiragens.

Me refiz nos meus versos.

E acabei sendo a minha poesia.

Sei lá

Me amparo naquela Luz
que guia os caminhos controversos de outrora.
Conto ou versos maneiras distintas da mesma manifestação
indiscriminável e eterna.
Canto o verso por assim me fazer feliz e transitar entre
a chuva e os trovões que hoje me cercam.
Formam-se os versos quando os verbos
são concretos e as imagens ainda não.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Nova Curitiba

No trânsito inconcert
Da metrópole em desenvolvimento,
Envolvo-me nesse descompasso frenético
De rapidez e mediocridade
Que se tornou a tão bela Curitiba
De anos atrás.

Vejo as vias, paradas, em rápidas
A chuva fina enerva os desavisados
Que em todos os dias nublados
Se esquecem da possibilidade
De água cair do céu e inundar
As vielas que passam
Trazendo assim o transtorno do novo dia.

Faz-se o inimaginável a este povo,
Traz-se a má educação dos estrangeiros,
O tempero podre da pressa
Que ao se chegar à estação tubo
Saem degladiando-se os que descem e os que sobem.
A educação ficou em casa neste dia de chuva
Junto com o bom senso fazendo companhia.