quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As trovoadas lá fora clareiam
A face pálida e gélida da menina
Que em um dia quente vê os sofismos
As pessoas que se escondem por trás de mentiras
E se fazem parecer a mais pura e bela realidade
Pureza não precisa de destreza para ser
Apenas se faz e vive aquilo que é

A chuva começa a cair ao mesmo instante
Que nos olhos uma lágrima se faz surgir
Mas logo desaparece, pois impurezas não são perenes
E em breve o calor da alma
(Mesmo em seus átrios mais escondidos)
Estará e permanecerá vivo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Momento

Trindade quaternaria que em tudo se configura
Traçando aquelas linhas imaginárias de fios que se cruzam
Nada os impede de se entrelaçar
Na sua sintonia e pulsar
A energia necessária por eles correm
Iluminando aqueles que agora dormem
Nesta Ligação a comunicação não é necessária
Apenas o deleite do momento que inspira
E posso agora respirar aliviada
Pois a palavra guia é LUZ

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Transfiguram-se os desejos
São vários os pensamentos que se configuram
Naquilo que de mais puro suspiro
Malícias de ensejos não me retém
Apenas aqueles que a mim convém
E que em todos vê ninguém
Na Rima que não se tem
A pouco provém
Mais um chega ao fim sem porém

domingo, 9 de outubro de 2011

....

Os saberes que não são mais necessários,
As visões que um dia passaram,
Não fazem o menor sentido agora
Que a plenitude se instalou.
Conhecimentos se transfiguram,
Em momentos que passam
Como o vento de uma tempestade,
Tortuosa e temida,
Com seus ensurdecedores ruídos
Que fazem da poesia ainda mais bela
Sua força chamada de vital
É s o que manifesta os sentidos
Assim como os trovões a voltarem pro céu
É a alma daqueles que sabem
E conhecem o Eu intrínsico
Que se faz puro e forte
Saberes não são necessários
Pois a sintonia é plena
E linguagem não se faz preciosa.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Na fraqueza é que se encontra a fortaleza
Quando o ego é banhado pelas lagrimas
O que se te de mais puro transborda
Os sentires afloram
Quem fala é a alma inquieta
Que tantas vezes fingimos não escutar
E sempre nos ajudando a enxergar
Aquilo que naquele momento nos parecia
Apenas um emaranhado de laços
Infinitamente com seus nós sem fim
E neste ultimo suspiro
A radiante luz brilha em forma de sorriso
E ilumina novamente aquilo que era treva.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Trindade

O que é externado
Não chega a ser um quarto
Daquilo que em um abraço quero expressar
A união trina
Que em mim habita
E se equilibra
Numa balança sem pesos
Pois a unidade já se transubstanciou
E hoje o que sou
Não chega aos pes donde quero chegar
Mas ao me limitar
Naquilo que não é linear
Mas sim o puro pulsar
Desta trindade
Em que essência, prazer e conhecimento
Se contemplam e não medem forças
Pois infinitas são suas energias
Que em nada se pode medir
Mas que em tudo dá sentido
Apenas sentir e consentir
Que devem ser doados inteiramente
Aos que esses dons merecerem

domingo, 24 de abril de 2011

Deserto

Em um deserto de sentimentos
Onde a esperança um horizonte dista
Pouco se materializa, nada se concretiza
Apenas lembrando a marca dos ferimentos
Que não se cicatrizam
A marca da rudeza e da dureza
Apenas isso avista
Amor, dizem que é complicado
O complicado não é amar
E sim se entregar
Se arremessar sem medo de se entregar
Deixar a alma levar
Para passear nos mistérios ocultos
Do pensamento dos cultos
Sem a tormenta dos insultos
Sem se debruçar nos prumos
Esquecendo os insumos
Do corpo, da alma
Que em um simples toque somem

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia de sol

A esperar
Sentindo o tempo passar
Observando os seres a transitar
Na cidade vazia da louca rotina
Apenas poucos trabalhadores
Para as solteiras, namoradas ou as casadas
Mas sempre amadas
Belas flores enfeitadas
E outro a estatizar a forma
Para assim poder ganhar algum
Pessoas passeiam sorrindo
No dia de sol
Da cidade conhecida pelo frio
E frieza dos habitantes
Num lapso,
A atração do olhar se fortalece
E muda de foco
E o que se vê é o rapaz esperado
De chapéu e óculos escuros
Com o beijo sela a chegada

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Resposta

Num momento de escuridão
E pensamentos vagantes
Ligação inesperada
Na densa madrugada
Em momento exato
A resposta que buscava
Forte, intenso, arrebatador
É teu olhar que o meu procurava
A me deslumbrar e fascinar
Num estado de êxtase e receio
Palavras que fizeram o coração disparar
E com tamanha vibração e intensidade
Quebrou o resto das paredes instauradas
Elevando a alma ao estado mais adorado
O teu lugar não é aos meus pés e sim nos meus olhos
Que te refletem e mostram a verdade
Do que dentro se esconde e a ti apenas se revela
Toda a intensidade misturada com imenso cuidado
Que antes de todo velado, agora apenas lembrado
Conquistou pouco a pouco o espaço
Que na mente e coração foi implantado
E o todo agora lhe foi dado

sábado, 2 de abril de 2011

02/04/2011

A visão e o propósito se misturam
O olhar não é como se vê o mundo
A realidade está distante da beleza
Que os pensamentos insistem em crer
Num mar de confusões e desejos
Segredos abertos a um
Essência contemplada
Um tanto dispersada
Em labirintos de falhas
Prisões emaranhadas
De paredes espessas e largas
Que palavras ao vento lançadas
Desarmam tais muralhas marcadas
Que guardam pedra rara
A espera de ser encontrada
E por alguém admirada

quarta-feira, 30 de março de 2011

Busca

Busca incansável
De um abrigo memorável
Num refúgio transparente
Com um olhar silente
Na alma incandensente
O furor se faz presente
De paixão que é ausente
E o coração dissidente
Que espera insistente
Um fulgor reluzente
De essência perene
E toque tênue

terça-feira, 29 de março de 2011

Não viver

Amargo é o fel em meus lábios
Veneno que enegrece a alma
Sabor ruim de vida nenhuma
Saberes não satisfazem
Conhecimento arranjado de coisa alguma
Nos verdes olhos dureza e temor
Nas palavras apenas rudeza e dor
Lágrimas não saem
Cristalizaram sem seu ardor
Coração que pulsa lento
Grita num berro sedento
Transborde a essência
Mas pra quem?
Não há seres que a desejem
Tão grande se tornou
Que o mal apenas se intensificou
Pelo não viver que se instaurou

quarta-feira, 23 de março de 2011

Auto retrato

Me identifico nas nuvens de tempestade
Cinzas, pesadas, cheia de opostos
Luz, barulho, água
Com todo o medo e encanto que trazes
Não me reconheço em dias de sol
São quentes, azuis, parados de mais
Não vejo graça no sossego
Isto cansa
Movimento me atrai, principalmente os da natureza
Uma jarrada de vento que leva o guarda-chuva
E nos encharca de água pura
Frio que precisa ser sanado,
Espírito a ser restaurado
Vulcões transbordando seu poder
Enriquecendo o solo e o petrificando
Incandescente, quente logo após negro e frio
Terremotos, um simples encaixe da terra
Provoca tantas mortes e destrói regiões inteiras
E o homem ainda acha que é dono do mundo
Me reconheço na fé que em mim habita
Que antes suprimida
Agora apenas se intensifica
Me reconheço no olhar sereno e manso
De pessoas que não tem medo do desconhecido
Que buscam conhecimento e sabedoria
Que pedem discernimento e buscam a verdade
Me reconheço no autoconhecimento
Na sede de se elevar e mudar
Me reconheço no que muitos correm
Tem medo
Me reconheço no todo e no detalhe
No universal e na pequena parte
Na riqueza que a pobreza traz
Me reconheço no meu coração
No amor que trasborda
 Nas ideias que tenho
E na minha inquietude
A procura da magnitude
De um amor plenitude

terça-feira, 22 de março de 2011

Medo

Já não tenho medo de arriscar tudo pra não ganhar nada,
mas ver o outro feliz,
Já não tenho medo de dizer eu te amo
e ouvir fico contente por isso,
Já não tenho medo de sofrer por algo que lutei,
 porque se lutei era porque valia a pena e se vale a pena faço o meu melhor,
Já não tenho medo de mostrar que o que me movimenta é minha fé,
Já não tenho medo de reconhecer o quão pequena sou,
Já não tenho medo de me entregar de corpo e alma pra alguém,
Já não tenho medo de ser eu mesma,
com minhas imperfeições e devaneios,
Já não tenho medo de duvidar de palavras
e depois pedir desculpas pelo erro,
Já não tenho medo de me envolve
e ser feliz nem que seja só por algumas horas,
Já não tenho medo de ser intensa
e com a mesma intensidade me estabaca no chão,
Eu tenho medo de não dar o meu melhor,
de magoar quem amo,
mas principalmente de não amar com tudo o que tenho....

domingo, 20 de março de 2011

Aos amigos-Parte I

Amigos
Vocês considerados irmãos de alma
Todos preciosos, pedras raras
Um cuidado especial com cada um
Amor e amizade, entre eles não há muita diferença
Amigos são vocês minha fortaleza
São meu fino, mas indestrutível elo
Não há como esquecer as historias
As incertezas, os momentos de alegria e medo
Vocês que moram no mais precioso espaço do meu coração
Quero compartilhar eternamente os caminhos
E ser o escudo e a espada se preciso for
A felicidade encontro com vocês ao meu lado!
Amo vocês!!!

Aos amigos- Parte II

O elo pensado como indestrutível
Se rompeu e se  estraçalhou
O chão sobre meus pés sufoca
O ar falta e as lágrimas são incontidas
Os pensamentos antes tão alegres
Trazem uma dor insuportável
Uma nova visão me trouxe
Após uma atitude de libertação e renuncia
Algumas palavras escritas e a frase
Que nunca esperada ser registrada
Não é como antigamente faz tempo
Só eu não vi, só eu não percebi
Que o que sentia por vocês não era correspondido
Considerados como minha família, um amor verdadeiro parecia
Mas a ingenuidade ou a falta de vontade de aceitar o que realmente seria
Só eu não quis ver que aqueles por quem daria a vida
Não dariam um passo pela minha

A dor é imensa e indefinível
Assim como o amor que sinto por vocês
O que mais tinha medo de perder
Só eu não pude ver, só antigamente existia
Uma amizade tão forte que poucas vezes se viu
Que só a mim, não foi percebida que ruiu
A fortaleza, as lágrimas destruiu
A espada no peito fincada
O escudo meu sangue guarda
Armas usadas a vosso favor
Hoje jogadas, emporcalhadas de vermelho

Sorrisos, festas, fotos
Lembranças lindas, o que realmente vou lembrar
As brincadeiras, as palhaçadas e as palavras
Conselhos, patadas, discussões
Maniqueísmo, que porra é essa?
Conversas, filmes, cafunés
Colos e mais colos,
Mas nada era como antes
Nem o amor de vocês por mim
Nem a força que só encontrava em vocês

A dor de perder o que não existe mais
É pior que saber que foi traído
Uma dor de morte se instaurou
Morte consumada do que estava em coma
Nunca mais será como antes
A irmandade que acreditava ter
Era uma utopia que acabo de reconhecer
Nunca esquecerei vocês
Nunca deixarei de ama-los e admira-los
Vocês eram a motivação de felicidade
O desejo de estar viva pra ter mais um momento juntos
Os mais presentes em minhas orações
E pelos quais seria capaz de transformar o inferno em paraíso

Anos de luta e várias glórias
O melhor aluno e o mais amado,
A única mulher em que confio,
O louco por epistemologia,
E o salvador do show, fiel e muito amado
Amados incondicionalmente
Admirados pelos fatos presentes
Segredos apenas a um revelado
E uma nova visão me foi dado
O amor transformado
E o silêncio agora ilustrado

Mais uma história?

A voz se cala
A pequena fagulha se apaga
Seu maior medo esmaga
O pobre coração apaixonado esta
Os olhos cheio de lágrimas a balbucitar
Uma história triste pra contar
O conto do amado que se foi
Pra nunca mais voltar
Seu sonho quase a se realizar
Quando uma intensa luz viu brilhar
E ao despertar
Onde meu corpo esta?
Onde meu amado foi parar?
Quando lhe disseram
A morte quis o levar
O coração a disparar
O pensamento a arrebatar
Sem acreditar onde agora ele esta
O paraíso a contemplar sem a levar
A dor não para de chegar
Chaga a doce menina que se vê a chorar
Tentando seu peito e sua vida remoldar

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sociedade brasileira

Miséria, podridão, sujeira
Tão natural se tornaram
Aos poucos que se importaram
O incentivo os falta
São pessoas como animais
Se debruçando a uma tirania vulgar
Moda, beleza, dinheiro
A razão floresce e se perde a identidade
A sua tão sonhada vida plena
É apenas uma utopia
Tortura, mentiras, sofrimento
Lágrimas de pequeninos abandonados
Ou de pais assassinados
Violência, assombro
Tão impiedosa sociedade
De críticos esnobes e políticos medíocres
População miserável de sabedoria
Educação à elite
Dinheiro aos educados
E aos pobres o que resta?
A luta, a pouca dignidade
A fome, injustiça e por fim a morte

domingo, 13 de março de 2011

Ao amigo Van

Os olhos vêem as mais belas cenas
São os que encantan qualquer coração
A alma quando respira sente-o pulsar
Paisagens, desenhos, flores
São mais que o normal para ele
São peças preciosas para sua arte de fotografar
Seus tão inspirados dons enchem de admiração e fascinio os que o cercam
Seus olhos e mãos abençoados nos fazem perceber que não são apenas momentos normais
Mas dadivas de algo maior
Algo que Deus pôs em seu caminho e que
Para sempre ficara registrado
Muitos verão e se encantarão
talvez até transformando seus clicks em poesia

sexta-feira, 11 de março de 2011

...

Quero regar os desertos
Com os braços abertos
E uma rosa na mão
Aos viajantes que virão
Apenas ouvirão
Cuida, preciosa flor tem nas mãos
Espinhos te ferirão
Mas seu perfume e beleza não são em vão
Transportas sensível objeto
Muitos desejam, poucos a terão
Da sua essência, agradaveis odores produzirão
Se a tocares verás
Que macia e delicadas suas petalas são
Desenhadas com carinho e muita atenção
Para que quando olharem fascina-se-ão
Suas folhas trazem maravilhoso alimento
Que os amados se saciarão
Se não a quiseres mais
Não faças como os indignos
Não jogue-a no imundo chão
Mas deixa-a secar e sem perceber
Seus traços desaparecerão

quinta-feira, 10 de março de 2011

O seu brilho se perdeu
Foscos estão os olhos seus
De um negro assustador
Sua alma transborda horror
No peito uma chaga
Ferida aberta que não cala
O alvorecer não faz sentido
Em seu leito corpo detido
No teto os sonhos perdidos
Seu coração bate enrustido
Com batucadas e gemidos
Uma canção ao pé do ouvido
Traz logo o sofrimento consigo
E se esquece doperigo
De se prender em algo antigo
E encontrar o castigo
Mas ao fim vem o amigo
Que caminho tranquilo e o leva consigo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Á um ser admirável


Numa noite qualquer de música e curtição
Tão inusitado ser se apresentou
Conhecedor da música e do mundo
Psicologia dos sentidos e sede do saber
Sábio se mostrou, sua retórica admirável
Essência imutável até sob o efeito de ópios
Cheio de encantos, palavras de valor
A noite acaba, mas o desejo continua

terça-feira, 8 de março de 2011

Encontros

Cansaso extremo
O corpo pede socorro
Os belos olhos negros se fecham
Uma canção soa
Anjos? Pergunta
Uma cintilante luz vê
Seu sonho, realidade é
Todo o medo passou, se entregou
Se aproximou e recostou sua cabeça
Mãos sentiu tocar
As agarrou e contemplou
Seu verdadeiro amor encontrou

Da essência

A alma irrequieta espera
Insuportáveis dias se sucedem
Cabeça voa pra longe
Filosofa e argumenta
Tal assunto discutido, muitos descrevem
Mas poucos sua essência reconhecem
Tão almejado, dá sentido ao viver
Pureza, destreza e felicidade
De tal desconhecimento formou a identidade
Da poetiza que espera
A intensidade, o fervor, o novo
O imutável flexível
De voltas, curvas e pedras
Espera a satisfação
Do corpo e da alma
Sentindo tamanho desconhecido

Fauno

Aquele que passeia pelo floresta
Banhado pela lua nupcial
Casando as flores de tão magnífico perfume
Lindas e delicadas
Delirantes adocicadas
Tão formoso ofício
Levando recados das belas enemoradas
Que presas não podem se libertar
Mas nem por isso se deixam silenciar

segunda-feira, 7 de março de 2011

Ao Sol

Nas montanhas os primeiros raios de luz
Nuvens tentam esconde-lo, mas sua majestade é maior
Intenso, magnífico, resplendoroso
 Tão formoso e belo
Tantas vezes ignorado
Poder poucos são como o teu
Poder de iluminar a escuridão
E o frio dissipar
Aos amantes mostrar que a noite acabou
Aos trabalhadores, que o dever chegou
Aos românticos a inspiração diurna
Nada melhor que contempla-lo ao nascer
E despertar um delirante dia
Agonizante rotina
Se transformando em fascinante e imprevisível

Dia de felicidade

As faces alegres passeiam na cidade
Iluminadas pelos raios de sol
Em uma tarde de céu azul
As folhas dançam com seu amado
Num balé repleto de leveza e sedução
O frescor do vento beijando os cabelos formosos da moça
Que se liberta de sua angústia desacerbada
E percebe que está sendo observada
O belo jovem aproxima-se
Um esboço de riso a torna ainda mais serena
Não é preciso palavras
Sublime é o momento
E se amam perdidamente



À tão amada Conegundes, O Ingênuo-Voltaire

es tão bela quanto uma rosa a desabrochar
tens a mais pura essência da natureza
se ti não es a mais estonteante chega perto de ser
não há mais medos em seu coração
seus princípios ecoam e fazem sua vida fluir
suas palavras manifestam admiração e as vezes paixão
são lindos versos porque o que se escreve é o amor
singelo, paciente, magnifico
palavras e atos são poucos para definir
são muitas a s contradições assim como o poeta
e simples como se apaixonar
tu que não te entregas, ama intensamente

sábado, 5 de março de 2011

Os olhos cansados a luz fita
Tamanho brilho, intensidade
Tão longe estás
E o que faz ao pairar aí no céu
A contemplar este resquicio de vida?
Que se alucina ao ver teu doce olhar
Prata, bela, mansa
Que por um capricho do universo ai foi parar
Gerações já surgiram pelo teu olhar
A te saborear e amar
Negra, pequena, imensa
Tal força que te faz permanecer aí
Puxa meu olhar ao te ver sorri

Brilha rainha da noite
Teus maravilhados súditos já vão se iluminar
Ao se inspirar de ti irão falar
Intensidade que inspira
No horizonte resplandece
Romantizando teu poder
Que por vezes se esconde
Traz consigo o tão adorado frio
Frescor e névoa te fazendo ainda mais linda
Muitos desatentos perdem teu encanto
Espetaculo grandioso, majestoso e espetacular
Os olhos fecham e o dia chega

II

O pedaço do paraíso em meio ao deserto
Onde florescem flores e nascem frutas doces e suculentas
Nada mais impede os viajantes de voarem
Rumo ao infinito
Nesta viagem o vento pode até parar de soprar
Mas o destino não mudará
E o paraíso será, em teus braços, encontrado
Talvez reste apenas reste um dos viajantes,
Mas esta viagem será plena.

I

As portas se abriram
O frescor faz brotar um oásis no deserto
Onde havia aridez
Agora se avista a mais bela das paisagens
O voo começou
O vento sopra e leva os viajantes sem destinos
O limite foi quebrado, mas não há medo
A recompensa é maior
E o filho do sol aquece
Suas gotas de água refrescam tamanho ardor
Incerto demais
Mas a trilha é de uma beleza insuperável
E o sabor de um doce viciante
Os pensamentos surgem a todo momento

Um corre pra lá, corre pra cá

Decisões, pensamentos, incertezas

Encontra-se refugio no olhar do amado

O ser amado não esta presente

Só o que resta é o pensamento voar pra perto dele

Momentos vividos lembrados

Frações de segundos, minutos

O tempo passa e o amor não esta aqui

Os olhos se abrem e lembram

Não só de amor é feita a vida

Obrigações a cumprir

Mas os pensamentos voltam pra ele

Que seduz, instiga e faz os olhos brilhar

Pensamentos voltam a perturbar a quietude de sua mente

Decisões, compromissos

Mas hoje o dia é dedicado ao amado

Pensamentos, atitudes e por fim os olhos se encontram

Transformam o mundo a sua volta em nada

Nada os preocupa, só se manifestam as caricias

A felicidade dos corpos ao se tocarem

Só este momento importa e lá fora não existe

sexta-feira, 4 de março de 2011

A saudade agoniza de forma feroz
E solta-se um berro
Chega!
O tal véu de Maia foi pro chão
Percebeu-se que a existência
É miserável e fascinante
Dá-se a ideia de ser gigante
E realmente se é
Contempla-se a beleza inebriante
E o beijo se torna suave como a brisa
Nos lábios rubros se torna poética
O espirito transcende
Pelo simples fato de estar nos olhos do amado
O amor puro, simples, intolerante
Paradoxos e mais paradoxos
As contradições não param
E a emoção verdadeira continua