domingo, 24 de abril de 2011

Deserto

Em um deserto de sentimentos
Onde a esperança um horizonte dista
Pouco se materializa, nada se concretiza
Apenas lembrando a marca dos ferimentos
Que não se cicatrizam
A marca da rudeza e da dureza
Apenas isso avista
Amor, dizem que é complicado
O complicado não é amar
E sim se entregar
Se arremessar sem medo de se entregar
Deixar a alma levar
Para passear nos mistérios ocultos
Do pensamento dos cultos
Sem a tormenta dos insultos
Sem se debruçar nos prumos
Esquecendo os insumos
Do corpo, da alma
Que em um simples toque somem

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia de sol

A esperar
Sentindo o tempo passar
Observando os seres a transitar
Na cidade vazia da louca rotina
Apenas poucos trabalhadores
Para as solteiras, namoradas ou as casadas
Mas sempre amadas
Belas flores enfeitadas
E outro a estatizar a forma
Para assim poder ganhar algum
Pessoas passeiam sorrindo
No dia de sol
Da cidade conhecida pelo frio
E frieza dos habitantes
Num lapso,
A atração do olhar se fortalece
E muda de foco
E o que se vê é o rapaz esperado
De chapéu e óculos escuros
Com o beijo sela a chegada

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Resposta

Num momento de escuridão
E pensamentos vagantes
Ligação inesperada
Na densa madrugada
Em momento exato
A resposta que buscava
Forte, intenso, arrebatador
É teu olhar que o meu procurava
A me deslumbrar e fascinar
Num estado de êxtase e receio
Palavras que fizeram o coração disparar
E com tamanha vibração e intensidade
Quebrou o resto das paredes instauradas
Elevando a alma ao estado mais adorado
O teu lugar não é aos meus pés e sim nos meus olhos
Que te refletem e mostram a verdade
Do que dentro se esconde e a ti apenas se revela
Toda a intensidade misturada com imenso cuidado
Que antes de todo velado, agora apenas lembrado
Conquistou pouco a pouco o espaço
Que na mente e coração foi implantado
E o todo agora lhe foi dado

sábado, 2 de abril de 2011

02/04/2011

A visão e o propósito se misturam
O olhar não é como se vê o mundo
A realidade está distante da beleza
Que os pensamentos insistem em crer
Num mar de confusões e desejos
Segredos abertos a um
Essência contemplada
Um tanto dispersada
Em labirintos de falhas
Prisões emaranhadas
De paredes espessas e largas
Que palavras ao vento lançadas
Desarmam tais muralhas marcadas
Que guardam pedra rara
A espera de ser encontrada
E por alguém admirada