quinta-feira, 11 de junho de 2015

Dias sempre iguais

Preciso o ofuscado amarelado das suas páginas
que as luzes esbranquiçadas que fazem meus olhos arderem.

Prefiro as noites enluaradas que inúmeras fotos tiradas
para os outros verem.

Prefiro o ar gelado batendo no rosto
do que as teclas que demoram a chegar.

Prefiro o verde, o azul, o amarelo
que em uma tela poder olhar.

Prefiro os sentidos, os gostos, os gestos
do que um sorriso não sincero a aparecer.

Prefiro me abster de coisas inúteis 
do que me prender e não viver.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Fios

tecendo com os fios do tempo
o princípio e o fim, extremos?

Ali no emaranhado das linhas vãos momentos
que usurpados por passeios sedentos
se vão na lembrança do que já não são.

A forma que as linhas tomam
nem noto, são vento
que sopra junto com o meu clarão.

Aqui espero o fim dessa linha
para ver o mundo em minhas mãos.