Chega de Saudade,
ou aliás saudade chega.
Chega e transborda de inverno
o meu riacho interno
que me deixa amar.
Chega saudade e engloba
o monumento estancado à tua desordem
que me vem desabrochar.
Chega saudade
me mata com seu sussurrar
de palavras doces
que em mim não vão mais habitar.
Chega saudade
e faz de mim mero instrumento
de uma paz que insiste em pairar.
Chega saudade
e traz a tua felicidade
que em meu peito não tem a chance de brotar.
Chega saudade
e levanta o meu rosto em chamas
de um eterno envergonhar.
Chega saudade
e me devora até mais nada
me restar...
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