quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

De noite

Noite escura
De pensamentos negros
A luz não se projeta
Pois não há
O que se resume é a dor
A falta de cor e brilho
O contraste dos olhos vivos
No espelho o negrume que a alma reluz
O peso nos ombros sentido
Demostram a preocupação daquilo pensado
Pensamento correu em busca de luz
A atitude pequena não foi vista
Inexistente no contexto
Então só resta ao tranzeunte
Deste mundo
Adormecer sem sentido

Um comentário:

  1. Adormeceria também o sentido
    caso a noite fosse verso
    sem status de Universo,
    como verbo ressentido.
    Claramente pesa a pálpebra
    sob enxurradas de si mesma, vendo o nada
    de seu próprio fechar-se, condenada
    a ser intangível cortina entre o amor e a álgebra...

    De tua dor renasce translucidamente
    a lucidez do enfim transe
    em que se repele mais convictamente
    o que à alma não amanse...
    Afinal, há beleza na melancolia...
    mas maior beleza é a noturna
    quando despe a velha máscara soturna
    e traz, em cada estrela, o raiar do dia

    ResponderExcluir