sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Ultima estação

Eu fui um dia poesia de fim de tarde,
um sorriso sincero e discreto de alarde,
um despertador dos dias sem sol.
Hoje eu sou uma luz que mal brilha,
uma nuvem que condensa a tempestade
e um chão onde se pisa.
Hoje me tornei um vício que inebria
causa euforia e depois sem mais delongas morre.
Em memoria de um vazio que não existe
com sentimentos que partiram e não colam mais,
condolências ao que foi um dia um amor.
Aquele mais puro e verdadeiro que a Cruz pode ter
Aquele que a Rosa fez brotar
Aquele que agora não tem par.

Parto e reparto para aqueles que quiserem ficar.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

(Não achei um título para isso, alguém me dá uma sugestão?)

Chega aquele momento único em que só existe você, a tela e as teclas. 
Nesse momento não importa o barulho que está lá fora ou se o sol já se pôs, é você e simplesmente você a perceber o quanto é raso o seu universo e falho os seus gestos. As palavras se condensam, momentos de eterna luz a brilhar se materializam em pequenos versos que não ousam não tilintar.
se esvai a sabedoria, as formas e cadências sentidas, resta apenas o expressar.
Diferente dos verbos que encerro, incertos em suas pretensões, faze-se assim um espectro marcado com inúmeras ilusões.
talvez marcando o compasso inverso de tudo o que atesto e mudo, talvez apenas mais um beco escuro a esperar de mim algum descuido.
só não contesto, pois o certo é o real e o real é a Verdade e dela não duvido apenas escuto e transmito para na inação não pecar.  

domingo, 16 de novembro de 2014

Será?!

Será que busco um novo rumo?
Ou será que continuo a remar?

Será que tomo prumo?
Ou insisto em ficar?

Será que escolhi um caminho?
Ou me iludo ao pensar?

Será que que continuo?
Ou me arrisco a voar?

Será?
Só sei que Ser(há)!!!